´DESCRIÇÃO DO BLOG` Religião e Vida Contemporânea: 2013

quinta-feira, dezembro 05, 2013

quinta-feira, outubro 31, 2013

Dia da Reforma Protestante


31 de Outubro

Dia da Reforma Protestante


Hoje recordamos o dia em que a proposta de Lutero conhecida como as 95 teses foram pregadas na porta da igreja  do castelo em Wittenberg. 
O surgimento da reforma através de Lutero, a descoberta da imprensa, o imanar de novas ideologias e a emancipação do meio universitário que se viveu no período do século XV - XVI , constituiu uma ameaça para a Igreja Católica Romana, que se encontrava enfraquecida pela inquisição, pela corrupção, pela reforma e pelas lutas das cruzadas. 

O concilio de Trento, em Dezembro de 1545, edita a “tábua da fé” como medida arrogante na defesa da ideologia ameaçada pela transformação social da época. Estes foram anos difíceis na história do protestantismo. Neste período a Igreja Católica Romana vivia submergida na procura de recursos e na perseguição dos “hereges” que morriam nas prisões onde eram esquecidos, sem direito a advogados e sua defesa, condenados a guilhotinas e fogueiras sem conhecer os seus acusadores. 


As publicações de livros proibidos multiplicavam-se em cada ano, e os folhetos protestantes contribuíam para o enfraquecimento do Vaticano. A defesa da fé do dogma era a preocupação da Igreja Católica na época. Todos os reformadores insistiram no facto de na Mesa de Comunhão, dar graças a Cristo pela obra da expiação acabada e aceite. Denunciaram a doutrina Católica Romana da Missa, porquanto nela se dizia que o sacrifício da cruz é repetido, renovado, ou representado de um modo que obscurecia a sua suficiência. A doutrina de Lutero, depois chamada de consubstanciação, ensina que o corpo e o sangue de Cristo estão presentes "em, com e sob" a forma do pão e do vinho, que, em si mesmos permanecem sendo pão e vinho. Os ensinamentos de Calvino explicaram, que enquanto o pão e o vinho permanecem imutáveis, o Espirito eleva o crente através da fé, para gozar da presença de Cristo de um modo que é glorioso e real na Ceia do Senhor, "Sola Scriptura"

Aqui fica o meu reconhecimento no dia em que celebramos os 496 anos da reforma protestante, e da dedicação destes e de todos os percursos do movimento que sofreram a perseguição, mas que se mantiveram fieis e firmes ao seu chamado. 


Por: Joaquim Ernesto Moura de Sousa
31 de Outubro de 2013

sexta-feira, agosto 09, 2013





O perigo de ser Religioso


O perigo de ser religioso segue aqueles que confiam em Deus à sua própria maneira. Esse perigo pode ser entendido no erro fatal de Adão e Eva, que consistiu em crer em Deus de uma forma que lhe havia sido proibida. 
O primeiro filho de Adão e Eva também tentou confiar em Deus segundo a sua própria maneira. O Senhor rejeitou a oferta de Caim, que não foi feita segundo a Sua vontade, antes se alegrou da oferta de Abel. Cheio de ira e inveja, Caim matou a seu irmão Abel, arruinando assim, a sua própria vida.
Os piores erros da humanidade parecem ser sempre os religiosos. 
Saul, primeiro rei de Israel decidiu ofertar a Deus segunda a sua vontade, cometeu um erro religioso e perdeu o seu reinado (1 Samuel 13:8-14). 
Também David teve problemas por ser religioso, ao trazer a arca sagrada que continha os Dez Mandamentos de Deus para o tabernáculo de Jerusalém. Porém, os bois que transportavam a arca tropeçaram e o sacerdote Uzá, na tentativa de segurar a arca estendeu a mão, mas foi ferido por Deus e ali morreu. Só depois de ler a lei de Deus é que David percebeu que tinha feito o que era certo mas da forma errada (1 Crónicas 13; 15:12-15). 
A reflexão desta passagens Bíblicas permite-nos concluir, que Deus quer ser adorado por um coração que corresponda à verdade em relação à sua Graça e seu Amor. Ele procura verdadeiros adoradores que o adoram em espírito e em verdade (João 4:23-24), e não de uma forma  ignorante, maquinada ou ritual. As escrituras esclarecem que a vontade de Deus é que todos nós venhamos a conhecer e a amar o Seu Filho Jesus Cristo. 
É importante perceber que Cristo e a religião são destintos, e, não se excluem mutuamente. Porque Cristo é alguém a quem conhecer e em quem confiar, e só Ele pode fazer aquilo que a religião não faz:
Ele nos conduz a Deus (1 Tm 2:5); Ele traz Deus até nós (Cl 1:15); Ele nos reconcilia com Deus (2 Co 5:19); Ele nos faz aceitáveis perante Deus (Ef 1:6); Ele nos liberta da escravidão (Rm 8:20); Ele nos dá o Espirito Santo (Jo 14:16-17); Ele intercede por nós (Rm 8:34); Ele nos resgata do poder de satanás (Cl 1:13); Ele nos dá vida Eterna (Rm 6:23).

A Religião pode mudar o exterior, mas somente Cristo pode mudar o coração. 




Por: Joaquim Ernesto Moura de Sousa
9 de Agosto de 2013

sábado, março 30, 2013

As sete frases de Jesus na cruz




As sete frases de Jesus na cruz 

As sete frases de Jesus na cruz, podem ser encontradas nos quatro evangelhos. As duas primeiras e a sétima só são encontradas no livro de Lucas; a terceira, a quinta e a sexta somente no livro de João; e a quarta tanto no livro de Mateus como no livro de Marcos. 
Estas frases de Jesus, representam uma mensagem universal de amor pela humanidade, deixando claro que, o que o susteve a Jesus na cruz não foram os cravos no madeiro, mas antes, o Seu amor por nós como acto de obediência ao Pai.


1. "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem." (Lucas 23:34).  

Jesus sempre se mostrou mais preocupado com os outros do que consigo mesmo (Lucas 19:41; 22:50-51; 23:28)
Jesus viveu os seus próprios ensinamentos, e, orava por aqueles que o estavam a torturar (veja 6:27-28). Certamente que os soldados e os líderes judaicos não eram totalmente ignorantes de seus actos naquele momento (veja o discurso de Pedro no templo, Actos 3:17-19).
Para nós é sempre mais importante pedir a Deus que perdoe os nossos inimigos do que procurar os motivos “do porquê”. Na realidade, o perdão não procura a razão, antes procura a Graça de Deus.
Perdão = deixar de lado uma divida 
Jesus, do alto da sua cruz na dor e sofrimento pedia perdão para os seus malfeitores, que sabiam perfeitamente o crime que ali estavam a cometer, porém, eram conduzidos pelo engano dos seus chefes. No final perdão para os homens. Sim, perdão sem limites para todos os Homens, porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus.
Jesus, nesta hora dolorosa para Ele lembrava-se de ti, e de mim, e pedia perdão a Deus por cada um de nós.


2. "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23:43).

Lucas, não relata esse depoimento para nos dar uma teologia complicada sobre a vida após a morte, mas, para nos mostrar como o Senhor responde à fé do ser humano. Um dos malfeitores na cruz junta-se à multidão que estava a zombar do filho de Deus e só consegue o silêncio de Jesus (Lucas 23:40), o outro reconhece não só a inocência de Jesus, mas que, a cruz era só um prelúdio de seu reino (23:40-42). Jesus prometeu a esse homem que ele estaria com ele no paraíso. Aqui é novamente a graça, pedida e recebida. Graça de Deus é um favor não merecido. Eu não merecia mas o Senhor pela Sua Bendita Graça me Salvou da morte, como consequência do meu pecado.


3. "Mulher, eis aí o teu filho. Eis aí tua mãe." (João 19:26-27)

Maria não podia ajudar ninguém, mas, precisava de ajuda e de amparo.
Esta terceira frase de Jesus foi prenunciada ainda antes do meio dia (nosso Horário) e demonstra o Seu grande amor pela sua mãe, ao recomendar a seu discípulo amado para que cuidasse da sua mãe. 


4. "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27:46; Marcos 15:34).

O significado do clamor é explicado como sendo uma expressão do sentimento humano, uma expressão de separação de Deus, porque ele carregava o pecado de toda humanidade. Apesar de o significado completo desse clamor ser um mistério somente conhecido por Jesus e seu Pai, é provável que, Jesus tenha pedido auxilio assim. Ele clama a Deus para mostrar que Ele é verdadeiramente o escolhido de Deus. A petição é respondida: Deus ressuscitou a seu Filho dos mortos três dias depois. Aleluia!!! 


5. "Tenho sede." (João 19:28). 

Esta é a quinta frase de Jesus na Cruz e teria sido pronunciada na agonia final do Mestre, perto da hora nona (15 horas do nosso horário). Esta frase é exclusiva do Evangelho de João e aconteceu para que se cumprissem as escrituras ( Salmo 22:15 ; 69:21 Isaías 53). “tenho sede” é a dor física, é a sede indescritível que tortura o organismo febril dos feridos. Jesus estava ferido, de corpo trespassado pelas nossas transgressões, e inocuidades, por isso, clamava “tenho Sede”. 
Jesus sofreu a sede para nos dar de beber da água que salta para a vida eterna. Quem beber das águas que Jesus lhe der nunca mais terá sede, porque rios de águas vivas manarão do seu interior.
Acreditemos ou não, se não crermos as nossas almas estiolarão no deserto da vida, mas se crermos e bebermos das águas que Ele nos oferece, teremos vida e vida abundante, que transvazará para a vida eterna.


6. "Está consumado" (João 19:30).

João termina o relato da crucificação com este depoimento simples (uma única palavra no grego). Essa sentença naturalmente revela o alívio e a satisfação de Jesus de ver o fim á dor e a agonia, e sentiu que o momento da morte era chegado. Mas João dá a esta palavra uma definição mais profunda. De acordo com João, Jesus estava no controle de toda crucificação. Jesus disse que ninguém poderia tirar a sua vida - que ele daria por escolha própria (João 10:18; 19:10-11). Sabendo que ele tinha cumprido totalmente a vontade do Pai, ele voluntariamente deu a sua vida. 
O que estava consumado ali não era simplesmente a sua morte, nem a sua vida, nem a obra de redenção, mas a razão de Ele estar aqui nesse mundo. O último acto de obediência foi realizado. Jesus declara a sua vida "terminada" e se retira até a sua ressurreição em que começa num novo acto.


7. "Pai nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lucas 23:46).

A citação começa com "Pai", a palavra Aba, que é mais parecido com a nossa palavra “paizinho” do que "Pai". 
O relacionamento de Jesus com Deus não é quebrado. Ele se entrega nas mãos do mesmo Pai que ele serviu em vida.
O Véu tinha sido aberto pelo sacerdócio Real de Cristo. O véu do templo era uma cortina que separava o Santo dos Santos do resto do Santuário. Simbolizava a impossibilidade de o homem se aproximar de Deus, (Hebreus 9:8). A morte de Jesus foi o Sacrifício que abriu o caminho até Deus removendo o véu. O céu tinha sido aberto através do seu sacerdócio real (1Pedro 2:9). E foi aberto de cima para baixo, ou seja, tal acto implicava uma acção divina.



A Ressurreição de Jesus Cristo
Lucas 24:6
 Ele não está aqui, mas ressuscitou!

A ressurreição de Jesus foi um acto divino que envolveu todas as três pessoas da Divindade, não foi uma mera restauração de um corpo físico desfalecido, tirado de uma cruz e sepultado. Foi a renovação trazida pelo poder de Deus ao seu corpo, e se tornou corpo totalmente glorificado e não sujeito mais à morte. (Fp 3:21 ; Hb 7:16, 24) 
Em 1 Co 15:50-54. a palavra de Deus nos diz que os Cristãos que estiverem vivos na terra no momento em que Jesus voltar passarão por transformação semelhante. Os que morreram em Cristo serão transformados do mesmo modo e jamais voltarão a morrer.
O cristianismo apoia-se na certeza da ressurreição de Jesus como um facto ocorrido na história, e os Evangelhos são como o seu ponto alto, a pregação de um túmulo vazio. “ porque buscais entre os mortos ao que vive?” Lucas 24:5
A ressurreição de Jesus demonstra a sua vitória sobre a morte, vivificando-se como o justo, e revelando a sua identidade divina, ela o conduziu à ascensão ao céu e ao seu actual Reino Celestial, garantindo-nos o perdão e a justificação diante do Pai, trazendo assim a esperança da vida eterna ao crente em Cristo. ( Rm 6 ; Ef 1:18 ; 2:10 ; Cl 2:9-15 ; 3:1-4 ; Jo 11:25-26) 




Por: Joaquim Ernesto Moura de Sousa

30 de Março de 2013